O que é um Embromance?
Mais do que a simples análise e interpretação de suas palavras, o leitor, ao ler um texto, aprecia a sua métrica e, ao meu ver, principalmente, a sua sonoridade.
Toda palavra, além de um significado, possui uma forma e fonética, que auxilia a transmitir o grau de austeridade ou informalidade do que se quer comunicar.
Partindo-se destes pressupostos, os Embromances buscam exaltar a forma e a sonoridade em suas expressões, em detrimento completo de sua lógica ou real significado.
Cabe a eles embalar o leitor em uma atmosfera superficial de eruditismo e exaltação emotiva, sem que contudo coliguem-se as informações contidas em cada real significado das frases.
Menos vale o "ser" do que o "parecer ser".
Mais vale o símbolo do que o significado.
Não há como entendê-los sem experimentá-los.
Embarquem nesta experiência e apreciem.
Toda palavra, além de um significado, possui uma forma e fonética, que auxilia a transmitir o grau de austeridade ou informalidade do que se quer comunicar.
Partindo-se destes pressupostos, os Embromances buscam exaltar a forma e a sonoridade em suas expressões, em detrimento completo de sua lógica ou real significado.
Cabe a eles embalar o leitor em uma atmosfera superficial de eruditismo e exaltação emotiva, sem que contudo coliguem-se as informações contidas em cada real significado das frases.
Menos vale o "ser" do que o "parecer ser".
Mais vale o símbolo do que o significado.
Não há como entendê-los sem experimentá-los.
Embarquem nesta experiência e apreciem.
domingo, 28 de junho de 2009
Monastério
Nunca é tarde demais para se aprender a sonhar”, disse o bispo. E logo em seguida serviram as bolachas. Os copos de guaraná, pequenos , eram os mesmos de minha infância. Adornados com furos de flores e desenhos de beija-flor. O cheiro de umidade, guardado nos hábitos dos monges me era, a este ponto, familiar. De sobremesa, o mesmo bolo de nata. Em caixas redondas de metal, abriam-se biscoitos Maria, sabe-se lá a quanto tempo guardados. Um menino despontou da cozinha e a madre encheu suas mãos de biscoito. Deve ter corrido para o pátio, pois notei sua voz gritando de encontro a outros garotos.”Alguém quer café?” Esta pergunta me despertou novamente para a sala de jantar do convento. Já era tarde e, pouco a pouco, alguns se recolhiam. No átrio principal uma sineta tocou e aquele grupo se desfez como que por encanto. Em instantes toda a mesa se encontrava desfeita e todos os potes guardados, fechados, em armários de carvalho. Vi-me sozinho e confuso, em uma sala escura, iluminada apenas pela luz de um oratório. No fim do corredor, uma estátua enorme de Santo Ambrósio. Fui passando pelas portas fechadas até me ver frente a frente com o santo. Seu tamanho natural me permitia fitar-lhe diretamente os olhos, que, de vidro, refletiam meu cansaço e face abatida. Mergulhei em seu olhar e senti-me extremamente preenchido por uma paz angelical.Ouvia coros de anjos e saboreava néctar e mel. Pude ver o condado de cima, em um vôo longo e suave. Tal qual o vinho que provara na adega monacal.
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Fiquei imensamente comovido ao ler sobre as doces lembranças da infância. Os copos furados que deixam escorrer o doce guaraná, biscoitos maria envelhecidos e o cheiro de carvalho.
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